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Cozinha Mediterrânea – Grãos

por Fádia Cheaito

Significado: Do latim granum vem da origem de uma pequena partícula mais ou menos esférica.

Quando entramos no assunto grãos a cozinha do mediterrâneo vem em primeiro lugar, afinal por ser um local onde possui verões quentes e secos e invernos úmidos e frio é ideal para a produção do mesmo, devido a isso considera-se uma população que possui melhor índice de vida.

Como principais possuímos:

Grão de bico

Grão de Bico

 

 Cicer arietinum. Planta provavelmente originaria do Cáucaso. Seu fruto e uma vagem que contem sementes usadas na alimentação.

Cultivado pelos antigos gregos e romanos , introduzido na Espanha pelos árabes, tornou-se la um prato nacional, de consumo diário. No norte da Itália prepara-se um espécie de pizza (farinata) com farinha de grão de bico. No Líbano muito utilizado para a típica produção conhecida como homus. 

Produções

  • Salada de grão de bico
  • Homus
  • Estrogonofe de grão de bico
  • Grão de bico com calabresa

 

Fava

Fava Verde

Vicia faba. Planta ortense, anual, com fruto de vagem e semente comestível. É dotada de propriedades antinefrítica e diurética. Originaria no norte da África e cultivada no inverno.

Hoje em dia e cultivada nas regiões serranas de São Paulo e Rio de Janeiro e, na primavera, no Sul do Brasil.

E no  mediterrâneo encontrada mais em abundancia nas regiões de clima mais seco como no Líbano e Grécia. 

Produções

  • Fava com paio
  • Fava com carne seca
  • Salada de fava com limão siciliano
  • Sopa cremosa de fava

Feijão Branco

Feijão Branco

 

Crotylia floribunda. Arbusto sarmentoso cujas folhas servem de alimento para o gado na estação de seca.

Muito utilizado principalmente na cozinha do Líbano e Grécia pelo seu alto valor nutricional e consumido principalmente no inverno, porem não deixado de ser consumido no verão em forma de pratos frio.

Produções

  • Salada de feijão branco com bacon
  • Sopa de feijão branco com calabresa
  • Creme de feijão branco
  • Refogado de feijão branco, lingüiça e presunto

Lentilha

Lentilha

 

Lens esculenta. Planta anual, trepadeira, de folhas penadas e flores brancas, muito cultivada pelo grão alimentício, que tem a forma de um pequeno disco de coloração amarronzada. Originaria na Ásia e cultivada desde os tempos pré-históricos.

A lentilha foi introduzida no Mediterraneo pelos europeus e adaptaram-se perfeitamente nos solos do sul do país. Suas sementes são fáceis de cozinhar, possuem alto valor nutritivo e assemelham em paladar ao do feijão.

Entre as lentilhas possuímos as: lentilha do campo e lentilha d’água.

    Produções

  • Arroz com lentilha
  • Sopa de lentilha
  • Salada de lentilha
  • Lentilha com calabresa e bacon

Cozinha Mediterrânea – Proteínas Animais

por Isabela Schmidt

 

É grande o uso da carne de cordeiro e porco, o primeiro cozido e o segundo embutido, como salame ou presunto cozido ou cru. A carne de animais novos é pouco habitual, assim como carnes de caça maior, no entanto é alto o uso de carne de caça menor como coelhos, lebres e perdizes. Quanto às aves, costuma-se comer aquelas domesticadas.

 

As proteínas são parte importante na alimentação de qualquer população e isso não é diferente na gastronomia mediterrânea. As carnes mais consumidas pelos países banhados pelo mar mediterrâneo são a de cordeiro e a de porco, sendo que a segunda é consumida na forma de seus embutidos como o salame e o presunto, são consumidas também carnes de caça de pequeno porte como o coelho e aves como o frango, o pato e o ganso.

 

Carne de cordeiro: carne bem aceita em todo o mundo, macia, de cor vermelho-rosado, sabor adocicado e aroma marcante, rica em proteínas, vitamina do complexo B, ferro, cálcio e potássio e não tem gordura saturada.

 

Carne de porco: rica em proteínas, vitaminas do complexo B e tem baixo colesterol, ou seja, ao contrario do que todos pensam a carne de porco faz bem a saúde tanto quanto as outras carnes, mas se for consumida moderadamente.

 

Carne de coelho: uma das mais saudáveis, se não a mais saudável carne para se consumir, é rica em proteínas e tem uma baixa quantidade de gordura e principalmente de colesterol, essa carne é consumida principalmente na França e Espanha, seus principais produtores.

 

Carne de frango: uma das mais consumidas no mundo, rica em proteínas, contem todos os aminoácidos essenciais e é muito consumida principalmente por pessoas que estão buscando uma alimentação balanceada mas, não pode esquecer de tirar a pele se sua intenção é emagrecer.

Cozinha Mediterrânea – Peixes e Frutos do Mar

por Fernanda Freire


Os habitantes das terras banhadas pelo mar Mediterrâneo vivem muito bem – e grande parte do mérito se deve à sua dieta naturalmente saudável. Há milênios é utilizado preferencialmente o azeite – extraído das azeitonas que sempre foram fartas nas terras áridas da região – à manteiga, que nunca foi abundante por ali. Como não há pasto, não há fartura de carne ou leite. Mas sobram peixes e frutos do mar. E, em um clima quente e ensolarado como aquele, há uma profusão de frutas e vegetais, que são consumidos frescos ou secos. Assim, conduzidos pela escassez, os povos da região desenvolveram sem notar uma dieta saudável, com pouco colesterol, o que resulta em baixíssimos índices de doenças cardíacas, diabetes, hipertensão e obesidade.

As preparações são básicas, pois a matéria-prima é de ótima qualidade. São pratos simples, que exploram os sabores primários dos ingredientes, geralmente utilizando muito o azeite, peixes, verduras locais, ervas frescas e castanhas. É uma culinária que respeita o ciclo dos alimentos e valoriza os produtos sazonais.

Um dos principais alimentos desta gastronomia são os peixes e frutos do mar. O consumo de carne vermelha é bem inferior ao dos citados anteriormente.

 

Peixes são ricos em ácidos graxos ômega – 3, que atuam contra o aparecimento de diversas doenças como: hipertensão, doenças do coração, aterosclerose e câncer; além de serem fonte de óleos essenciais. São um alimento altamente nutritivo, rico em vitaminas, minerais, proteína de elevada qualidade e fracos em gorduras saturadas. Peixes usados na cozinha mediterrânea são tamboril e salmonete, além de merluzas e lulas.

Os frutos do mar são boa fonte de proteína de alta qualidade, com baixo teor de gordura. São ricos em minerais, como cálcio, fluoreto, iodo, ferro, zinco e algumas vitaminas do complexo B. Alguns estudos demonstram que é a gordura saturada responsável pelo aumento do colesterol. Os frutos do mar possuem pouca gordura saturada, apesar de serem considerados vilões pelo alto teor de colesterol que apresentam. O problema está na cocção desses ingredientes, que costumam ser preparados com excesso de gordura. O ideal é cozinhá-los e servi-los com limão e outros temperos naturais.

Algumas produções clássicas com estes ingredientes são Jibias em su Tinta, Paella de pescado, Chorba de Essauira, Barboúnia me Ambelófila, Quibe Samak, entre outros.

Os habitantes das terras banhadas pelo mar Mediterrâneo vivem muito bem – e grande parte do mérito se deve à sua dieta naturalmente saudável. Há milênios é utilizado preferencialmente o azeite – extraído das azeitonas que sempre foram fartas nas terras áridas da região – à manteiga, que nunca foi abundante por ali. Como não há pasto, não há fartura de carne ou leite. Mas sobram peixes e frutos do mar. E, em um clima quente e ensolarado como aquele, há uma profusão de frutas e vegetais, que são consumidos frescos ou secos. Assim, conduzidos pela escassez, os povos da região desenvolveram sem notar uma dieta saudável, com pouco colesterol, o que resulta em baixíssimos índices de doenças cardíacas, diabetes, hipertensão e obesidade.

As preparações são básicas, pois a matéria-prima é de ótima qualidade. São pratos simples, que exploram os sabores primários dos ingredientes, geralmente utilizando muito o azeite, peixes, verduras locais, ervas frescas e castanhas. É uma culinária que respeita o ciclo dos alimentos e valoriza os produtos sazonais.

Um dos principais alimentos desta gastronomia são os peixes e frutos do mar. O consumo de carne vermelha é bem inferior ao dos citados anteriormente.

 

Peixes são ricos em ácidos graxos ômega – 3, que atuam contra o aparecimento de diversas doenças como: hipertensão, doenças do coração, aterosclerose e câncer; além de serem fonte de óleos essenciais. São um alimento altamente nutritivo, rico em vitaminas, minerais, proteína de elevada qualidade e fracos em gorduras saturadas. Peixes usados na cozinha mediterrânea são tamboril e salmonete, além de merluzas e lulas.

Os frutos do mar são boa fonte de proteína de alta qualidade, com baixo teor de gordura. São ricos em minerais, como cálcio, fluoreto, iodo, ferro, zinco e algumas vitaminas do complexo B. Alguns estudos demonstram que é a gordura saturada responsável pelo aumento do colesterol. Os frutos do mar possuem pouca gordura saturada, apesar de serem considerados vilões pelo alto teor de colesterol que apresentam. O problema está na cocção desses ingredientes, que costumam ser preparados com excesso de gordura. O ideal é cozinhá-los e servi-los com limão e outros temperos naturais.

Algumas produções clássicas com estes ingredientes são Jibias em su Tinta, Paella de pescado, Chorba de Essauira, Barboúnia me Ambelófila, Quibe Samak, entre outros.

Cozinha Mediterrânea – Legumes, verduras e frutas

por Izadora Guindani

 

Mediterrâneo, um lugar privilegiado, de verão quente e seco e vegetação riquíssima. É rota de milhares de turistas, devido às suas belezas naturais e gastronomia saudável e saborosa.

 

E em uma boa dieta não faltam frutas, legumes e verduras. Estudos publicados na British Medical Journal indicam que as pessoas residentes nesta região consomem cerca de 450 gramas de vegetais diariamente. Os verdes são particularmente ricos em antioxidantes e de baixas calorias. Encontrados em abundância temos: berinjelas, abobrinhas, pepinos, tomates, pimentões, limões, dentre muitos outros.

 

Nota-se grande consumo de frutas secas, como damascos, tâmaras e pêras, ricos em fibras e vitaminas.

 

Não vamos nos esquecer da variedade e do frescor das ervas aromáticas e temperos naturais que encontramos no Mediterrâneo, como: alecrim, manjericão, alho, cebola, sálvia, tomilho, orégano, louro e manjerona.

 

Quem segue esta dieta possui maior longevidade e qualidade de vida. Seja você um deles. Bom apetite.

Cozinha Mediterrânea – Condimentos, Especiarias e Aromatizantes

por Gabriel Dias

É essencial quando se fala das Cozinhas do Mediterrâneo ao menos citar todas e discorrer sobre algumas das especiarias. É uma cozinha muito condimentada e variada nos sabores. Aqui estão os principais sabores distintos dessas Cozinhas.

Açafrão – pistilo de uma flor muito comum no Mediterrâneo, a Crocus sativus. É de coloração laranja à vermelha. É comercializado o pistilo seco inteiro ou em pó. Para se produzir 1 kg, necessita-se de aproximadamente 150 mil flores. Muito utilizados em pratos à base de peixe, crustáceos, frango, além de pães, biscoitos e arroz; como exemplos de preparações se podem citar o italiano risotto milanese, a francesa bouillabaise e a espanhola paella.

Açafrão

 

Águas de Rosa e de Flor de Laranjeira – Água com essência das flores. Muito usada no Marrocos e nos países árabes em doces.

Azeite de Oliva – óleo comum ao Mediterrâneo, sendo os maiores produtores mundiais a Espanha, seguido por Itália e Grécia. Extraído do fruto da oliveira, passou a ser mundialmente consumido depois da comprovação de seus benefícios à saúde. São mais de 40 espécies de oliveiras encontradas no Mediterrâneo, cada oliveira rende em média 2 litros por ano. Cada azeite leva características da espécie de árvore e do país de origem, sendo muito diferente o paladar, aroma e coloração de um país para o outro. É um dos símbolos da “Dieta do Mediterrâneo”, juntamente com os grãos e peixes. A maioria das preparações leva azeite, seja na preparação, seja na finalização.

Oliveira

 

Canela – casca de uma árvore asiática e é encontrada geralmente em rama ou em pó. O formato enrolado que é conhecido é obtido naturalmente quando a casca está secando. Foi um dos principais responsáveis pela era nas navegações. É principalmente utilizado em produções doces do Mediterrâneo.

Cardamomo – fruto seco que em seu interior encontram-se sementes escuras, muito aromáticas. Pode ser encontrado o fruto seco, as sementes, em pó ou em óleo. Junto com o açafrão, são os condimentos mais caros. Um uso muito característico do Líbano é usá-lo na preparação do café, mas é muito utilizado em doces e salgados.

Cardamomo

 

Cominho – pequeno grão de gosto forte e amargo, muito aromático; usualmente encontrado em grãos ou em pó. Muito utilizado na Grécia na harissa, espécie de tempero muito apimentado.

Dill – tanto fresco como suas sementes lembram muito a erva-doce, em sabor e aparência, porém tem um sabor mais forte, como se fosse uma mistura de erva-doce e anis. É normalmente utilizado em saladas, legumes e frango, seja fresco ou em sementes.

Erva doce – leguminosa de talo, de sabor e aroma doce que lembra o anis, em preparações é normalmente utilizado o talo. No Mediterrâneo é muito utilizada em saladas, ou como na iguaria grega hiriró me aníthos juntamente com carne suína.

Gengibre – rizoma amarelo-pálido de uma planta tropical. Encontrado fresco ou seco, normalmente em pó, calda, picles ou cristalizada. De aroma adocicado e sabor forte, levemente picante.

Hortelã – folhas de aroma fresco e gosto adocicado que são consumidas frescas, secas ou em pó. Muito consumida no Mediterrâneo em marinadas, na coalhada seca ou como infusão (chá).

Lavanda – planta de origem mediterrânea que flores secas ou frescas são utilizadas como especiaria. Muito comum no sul da França, onde os campos de lavanda em conjunto com o céu muito azul formam uma bela paisagem. As flores variam a cor entre creme bem claro até roxo. É normalmente usado em biscoitos, bolos, pães, cremes e geleias, inclusive o mel feito a partir do pólen de lavanda é considerado de altíssima qualidade.

Campo de Lavanda

 

Louro – folhas normalmente encontradas secas ou em pó, mais raramente frescas. É um dos condimentos mais usados em todo o mundo, conhecida há tempos. Símbolo de prosperidade, reis eram coroados na Grécia com coroas de louro. Muito usado em marinadas e sopas.

Manjericão – Erva muito aromática, que possui cerca 15 espécies. É utilizada tanto fresca como seca. A coloração varia de verde-claro a roxo. Um dos condimentos mais difundidos da Cozinha Italiana, seja no molho vermelho, seja no pesto genovese. É também utilizada em marinadas, saladas e peixes e frutos do mar, além de muitos outros molhos.

Noz-Moscada / Macis – macis é a membrana que envolve a noz-moscada, ambas possuem sabor semelhante – quente e doce – porém no macis o sabor é mais suave e o aroma mais acentuado. A noz é encontrada inteira ou em pó, já o macis é encontrado seco. Ambos são utilizados em doces e salgados, principalmente quando o ingrediente principal for queijo, ovos ou leite.

Noz-Moscada e Macis

 

Óleo de Argan – óleo extraído a partir do fruto e amêndoas da Argania, considerado o Ouro do Marrocos por só se encontrar neste país e por seus benefícios e qualidades.

Argania e cestos de Argan

 

Orégano – folículas verdes muito parecidas com as de tomilho, porém mais claras. Normalmente encontrada fresca, seca ou em pó. Fundamental na Cozinha Italiana e Grega. Normalmente utilizada com tomates ou preparações à base de peixe e frango.

Páprica doce – pó obtido a partir da secagem de uma variedade de pimentão. Originalmente húngaro, que quando absorvido pelos espanhóis, estes acrescentaram outros pimentões e deu origem ao picante pimentón. De coloração vermelho-brilhante a vermelho-tijolo, o sabor vai de suave (páprica doce) ao picante (páprica picante), este último não é muito utilizado no Mediterrâneo. É comumente utilizado pratos à base de carne suína, aves e queijo.

Pimenta do reino – nome dado à pimenta comercializada pelo Reino de Portugal. É difundida no mundo todo, sendo a mais consumida de todas as pimentas. Pode ser verde (em conserva), preta ou branca (em pó ou grãos).

Pimenta Síria – mistura de pimenta da Jamaica, pimenta do reino, noz-moscada, cravo da Índia e canela em pó.

Pimentas – de diversos tipos, e são de extrema importância para as Cozinhas da África do Norte.

Sálvia – folhas verde-prateadas, aveludadas e levemente acinzentadas. De aroma forte e penetrante, deve ser usada com moderação. Muito usada na Cozinha Italiana, como exemplos o saltimbocca alla romana e gnocchi com manteiga e sálvia, neste último, dá um sabor incrível.

Semac – pó obtido a partir das bagas secas e carolas das flores do Sumagre. De sabor levemente ácido, é muito utilizado na Cozinha Árabe.

Snoubar / Pignoli – fruto do pinheiro do Mediterrâneo, muito utilizado nas culinárias mediterrâneas. O pignoli (para os italianos) ou snoubar (para os árabes) é uma semente pequena, oval, de coloração creme. É utilizado na preparação do pesto genovese (molho italiano) e do dolmas (charutinho de folha de uva – iguaria árabe-libanesa)

Pignoli ou Snoubar

 

Tomilho – folículas verde-escuras de aroma penetrante. Um dos aromáticos básicos da Cozinha Francesa. Harmoniza-se muito bem com a maioria dos ingredientes de pratos salgados, principalmente carnes de caça e aves.

Zathar – condimento em pó da cozinha árabe, turca e do norte da África, obtido da mistura de sementes de gergelim, tomilho e semac.

Sobre o vegetarianismo

O vegetarianismo, à risca, funda-se na não-ingestão, não-uso de qualquer produto de origem animal. Além da carne, está também o leite, o ovo, o mel, a lã, o couro, as peles…

Alguns pesquisadores dizem que no princípio dos tempos (em que já havia seres humanos), eles se alimentavam somente de produtos vegetais e com o passar dos tempos, adquiriu-se o hábito de comer produtos animais, seja por necessidade, seja por curiosidade. E ainda, que o organismo dos seres humanos não era preparado para beneficiar-se de produtos de origem animal.

Mas não sei, não ousaria afirmar que seja tudo verdade, meia verdade ou totalmente falso. Em um livro que tenho sobre o vegetarianismo que, claro, quer vender seu peixe, afirma ser a melhor dieta, inclusive beneficiando o cérebro. Não sei. O que sei é que a proteína animal dos peixes é muito rica em B3, B6, B12 e por aí vai, e que esses B’s beneficiam o funcionamento do cérebro. O livro, se eu não me engano, chama-se “Os campeões são vegetarianos, e você?”, nota-se o tom apelativo.

Acho muito complicado ser vegan no Brasil, por nossa cultura e tudo mais. Além do que você não poderá comer nada fora de casa, né? Você não pode comer um bolo porque tem ovo e leite, macarrão, entre tantas outras coisas.

Em minhas experiências como “vegetariano” eu senti bastantes problemas. Eu só não comia carne, é o que chamam de “ovo-lacto-vegetariano”, pra mim não é vegetarianismo, mas enfim, foi o que eu consegui fazer. E o pior era quando eu ia comer em outros lugares, na casa de alguém e tal. Eu não comia nada que tivesse carne. Não adianta tirar a carne do prato já pronto. Em casa ainda era mais fácil, comia vários legumes refogados, arroz, feijão, saladas…

Mas teve um momento que eu cansei de me privar de coisas como ir a um jantar por não comer carne, e dependendo, não poderia comer nada que tivesse lá. Não sentia falta de carne, mas também não deixaria de ir, e não abriria mão de me alimentar de qualquer coisa que fosse.

Ah! E não existe essa história de que vegetariano só come mato, óbvio. Há várias opções de verduras, legumes, hortaliças, grãos e frutas para se alimentar. Mas é preciso atenção, por mais soja que se coma, o aproveitamento de proteína pelo corpo é muito menor que de proteína animal. Seria necessário o uso de complementos. Então já não sei se vale a pena ser vegetariano e ficar tomando “remédios” para suprir a falta. Tornar-se tão naturalista e tomar cápsulas industrializadas me parece um tanto quanto controverso.

É claro que há várias causas para se tornar vegetariano. Pode ser pelo bem dos animais, pelo bem do planeta, por não tolerar produtos animais (sim, existe), por credo – os hindus são vegans, vegetarianos verdadeiros – acho que são esses os motivos, mas deve existir mais alguns, não me recordo agora.

Mas, sem dúvida, é um assunto interessante e muito polêmico. Recomendo alguns livros e filmes em outro post, que falarei mais a fundo sobre as polêmicas e particularidades do vegetarianismo.

Sobre o CD ‘Nego’

Este sábado, no Altas Horas, me interessei sobre o ‘projeto’ “Nego” – Carlos Rennó se propôs a fazer versões bem brasileiras de músicas estadunidenses que fizeram bastante sucesso no Brasil – e a banda é comandada por ninguém menos que Jaques Morelenbaum. E não é de se interessar?

No programa, cantou ninguém menos que Maria Rita – intensa como sempre – e Moreno Veloso. Os dois, como era de se esperar, emocionaram. Então fui eu, como bom apreciador de música, atrás do CD. Consegui. Ótimos nomes é o que não falta. Maria Rita, Gal, Moreno Veloso, Elba, Dominguinhos, Emílio Santiago, Ná Ozzetti, Olívia Hime, entre tantos outros.

E hoje, ouvindo com mais atenção, me decepcionei um pouco. Principalmente na música “Verão”, versão de “Summertime”, cantada por Erasmo Carlos. Acho que a versão ficou ótima, mas senti uma enorme falha de Carlos Rennó. O inglês não houve falhas para a versão, mas o que pegou, o que não deu liga, foi o português. Muito provável que há melhores palavras para empregar – ainda mais sendo o português uma língua tão rica.

Outra música que senti que faltou um ‘bom português’, foi “Tenho um Xodó por Ti”, versão de “I’ve Got a Crush on You”, cantada pela Elba, Dominguinhos e João Donato. Nessa música, especificamente, o que eu não gostei foi o emprego de ‘broto’ na música.

Mas me surpreendeu muito a música “Mais Além do Arco-Íris”, na voz sempre marcante da Zélia Duncan, versão de “Somewhere over the Rainbow”. Ficou interessantíssima a música. Gostei sim. Algumas outras músicas achei que ficaram muito boas em português, mas como não conheço a original prefiro não comentar.

Mas, no final das contas, o saldo é positivo. Músicas de qualidades altíssimas, grandes nomes, grande intensidade e tudo mais. Para quem se interessou, se eu não me engano, tem para baixar no site www.umquetenha.org. Fazendo um parêntesis, esse site é muito interessante, uma vez achei um CD do João Pinheiro cantando Sade que não encontrava em lugar algum. That’s all folks.

História do SlowFood: o começo

Bom, depois de um post carregado, hoje é dia de falar de coisas mais felizes. Falemos então de comida. Para quem não me conhece, sou estudante de Gastronomia, e, como esperado, amo cozinha/comida e tudo o que engloba e está englobado.

Esse post é dedicado ao que eu acho mais importante no cenário atual da Gastronomia: o SlowFood. Não tem como significado a tradução literal, comida demorada, ou algo do tipo. É um movimento nascido na Itália, mais precisamente em Roma e pra ser mais preciso na praça Espanha, em 1986. Foi um protesto contra o FastFood, daí a origem do nome. Na ocasião, estava sendo inaugurada a primeira franquia do McDonald’s em Roma.

Quem conhece sabe que os italiano, assim como os franceses, são muito orgulhosos de sua cultura, seja ela qual for. Então, em protesto à globalização da comida sempre pronta, sempre ao ponto, sempre rápida, sempre igual, Carlos Petrini e outros militantes promoveram o mais caricato prato italiano em praça pública: Macarrão, ou como dizem por lá, pasta. Pelo menos, assim me disse Gabriel Vidolin, militante do SlowFood.

Mas não pára por aí a filosofia SlowFood. Vai além, bem mais além. O SlowFood, com o projeto chamado “Fortalezas”, presa pelo pequeno produtor em detrimento da “indústria de plantação”, se assim posso dizer. Divulga a alta qualidade gastronômica dos produtores e de seus produtos.  E além de valorizar esse pequeno produtor, é a favor de pagar o preço justo pelo produto, para que este produtor não precise vender sua produção para a “indústria de plantação” e possa se sustentar e incentive-o a continuar a produzir. É uma ação concreta de desenvolvimento da qualidade dos produtos nos territórios, envolvendo produtores artesanais, técnicos e entidades locais.

Além disso, existe a “Arca do Gosto” – um catálogo autóctone mundial que identifica, localiza, descreve e divulga sabores que ainda não foram extintos e com grande potencial produtivo e comercial, masque estão caindo no esquecimento e ameaçados de extinção. O objetivo é documentar os produtos gastronômicos especiais, que sofrem risco de desaparecer. Desde o início do projeto “Arca do Gosto”, em 1996, mais de 750 produtos, de dezenas de países, foram catalogados.

Espero que tenham gostado, quem quiser saber mais, conhecer, se aprofundar, tonar-se um membro, entre no site http://www.slowfoodbrasil.com.