Utopicamente político

A eleição está aí, e estive pensando sobre tudo o que envolve. Na verdade não é só uma eleição. A escolha de “representantes do povo” muda o nosso cotidiano, muda o que podemos comprar, conseguir e ter, muda a forma com que o mundo nos vê, e porque não a forma em que vemos o mundo. Mas, infelizmente, no Brasil há o voto inconsequente. Creio que haja em todo mundo. Antes não fosse assim.

Mas na verdade não é esse o tema que quero abordar. Estive pensando sobre os vices. Quem pensa neles? Quem lembra deles? Pois é, ele é peça importantíssima. Se o “representante do povo” faltar em algum momento, por alguma razão, sabe quem assume? Sim, o vice. Mas você sabe quem é ele? Quais são suas metas, seus pensamentos, suas diretrizes? Não. Porque simplesmente ele não aparece.

No caso de falta de o “escolhido do povo”, é esperado que o vice siga a mesma linha de quem ele está substituindo. Mas pode ser que não seja assim. Quem saberá?

Então pensei que os vices poderiam ser votados e escolhidos pelo povo. Acho que seria uma bela demonstração da Democracia Moderna. Mas, primeiramente, pensei em o vice não pertencer, necessariamente, ao mesmo partido do representante. Mas isso, nas circunstâncias da política brasileira, creio que não fosse possível. Aqui há sempre o conflito de interesses. Digo interesses, não diretrizes.

Mas qual seria o interesse que eles deveriam ter em comum? Para mim é muito simples e óbvio, e respondo em uma frase simples, nominal: O bem do Brasil. Não é simples? Mas parece que para os governantes não é bem assim que o sistema funciona. Para eles, ao meu ver, há sempre uma pergunta que não deveria haver “E o que eu ganho com isso?”.

No fundo, sou contra o salário para os governantes. Não que eles não devessem receber, deveriam sim, pelo tempo trabalhado e pelos projetos realmente bons que são apresentados. Acho que se fosse um preço justo pelo trabalho, só se candidataria quem realmente fosse político. Quem quer viver para o povo, e não do povo.

Então, se assim fosse, não existiria a pergunta de “o que eu ganho com isso”. Na verdade ela seria prontamente respondida. Se você trabalha para o povo, o objetivo é o bem do povo. Teoricamente muito óbvio. Ou melhor, utopicamente.

Mas eu ainda acredito que o Brasil vai mudar. Vejo partidos despontando com novas diretrizes, vendo novos horizontes. Um deles é o Partido Verde (PV). Não sei da seriedade dos militantes, mas pelo menos novos horizontes são vistos e novas discussões sendo abertas. Não digo  que sou a favor deste ou daquele partido, mas gosto de ver essa abertura. Os partidos mais tradicionalistas que se preocupam só com a economia, sambam para criar diretrizes que acompanhem a “concorrência”.

E vamos esperar mais um tempo para ver como é que vai ser essa campanha eleitoral. Espero grandes discussões. Espero grandes mudanças. Espero…

História do SlowFood: o começo

Bom, depois de um post carregado, hoje é dia de falar de coisas mais felizes. Falemos então de comida. Para quem não me conhece, sou estudante de Gastronomia, e, como esperado, amo cozinha/comida e tudo o que engloba e está englobado.

Esse post é dedicado ao que eu acho mais importante no cenário atual da Gastronomia: o SlowFood. Não tem como significado a tradução literal, comida demorada, ou algo do tipo. É um movimento nascido na Itália, mais precisamente em Roma e pra ser mais preciso na praça Espanha, em 1986. Foi um protesto contra o FastFood, daí a origem do nome. Na ocasião, estava sendo inaugurada a primeira franquia do McDonald’s em Roma.

Quem conhece sabe que os italiano, assim como os franceses, são muito orgulhosos de sua cultura, seja ela qual for. Então, em protesto à globalização da comida sempre pronta, sempre ao ponto, sempre rápida, sempre igual, Carlos Petrini e outros militantes promoveram o mais caricato prato italiano em praça pública: Macarrão, ou como dizem por lá, pasta. Pelo menos, assim me disse Gabriel Vidolin, militante do SlowFood.

Mas não pára por aí a filosofia SlowFood. Vai além, bem mais além. O SlowFood, com o projeto chamado “Fortalezas”, presa pelo pequeno produtor em detrimento da “indústria de plantação”, se assim posso dizer. Divulga a alta qualidade gastronômica dos produtores e de seus produtos.  E além de valorizar esse pequeno produtor, é a favor de pagar o preço justo pelo produto, para que este produtor não precise vender sua produção para a “indústria de plantação” e possa se sustentar e incentive-o a continuar a produzir. É uma ação concreta de desenvolvimento da qualidade dos produtos nos territórios, envolvendo produtores artesanais, técnicos e entidades locais.

Além disso, existe a “Arca do Gosto” – um catálogo autóctone mundial que identifica, localiza, descreve e divulga sabores que ainda não foram extintos e com grande potencial produtivo e comercial, masque estão caindo no esquecimento e ameaçados de extinção. O objetivo é documentar os produtos gastronômicos especiais, que sofrem risco de desaparecer. Desde o início do projeto “Arca do Gosto”, em 1996, mais de 750 produtos, de dezenas de países, foram catalogados.

Espero que tenham gostado, quem quiser saber mais, conhecer, se aprofundar, tonar-se um membro, entre no site http://www.slowfoodbrasil.com.

O novo mundo, pra mim.

Ontem passei o mundo com outros olhos. Estou com olhos assustados, pensativos, inconformados.

Assisti a uma reportagem sobre a “nova classe média” brasileira e percebi que, sozinho, meu pai gasta mais comigo que uma família para sobreviver.

Nunca tinha pensado nisso. Aliás, já havia me passado pela cabeça. Mas não tinha entendido, tido o conhecimento de fato. Fico pensando em como é, como pode… Não reclamo de nada do que tenho e agora percebo que só tenho a agradecer.

E o que mais me assustou não foi necessariamente isto. É o fato que, se o que gasto é mais que uma família da “nova classe média”, me pus a pensar na “classe baixa”. Eu realmente não consigo imaginar. Eu tento.

Estou triste. Triste pela realidade. Talvez seja hora de eu sair do meu mundo “azul” e “perfeitinho” – onde não tenho que pensar em problemas – e encara a realidade. Inclusive a minha realidade e ver minhas imperfeições e as do mundo.

Estou triste.

Querer

Sabe o que eu quero? Quero alguém pra mim. Alguém pra poder dormir abraçado, fazer idiotices, caminhar no parque, cozinhar comigo, conversar, passar horas sem fazer nada, só um contando coisas pro outro.
Saber ouvir. Saber falar. Não quero que viva pra mim. Quero alguém que queira estar comigo. Mesmo que não dê. Mesmo que não possa. Quero talvez imaginar que você esteja com outro, não ter certeza disso. Não sei viver com certezas. Gosto das coisas claras, não certas.
Não quero uma transa, uns dias, uns carinhos. Quero um amor, uma história, um romance. Quero poder contar com você. Quero ligar pra desejar bons sonhos. E sair jantar. E tomar uma cerveja.
Não quero esperar que o mundo arrume alguém pra mim. Eu não sei esperar, sei ir atrás das coisas. Saber o que quero e não quero é muito fácil. Quero me jogar.
Quero papo reto. Ou é ou não é. Ou quer ou não quer. Que seja.

Cozinha Mediterrânea – Grãos

por Fádia Cheaito

Significado: Do latim granum vem da origem de uma pequena partícula mais ou menos esférica.

Quando entramos no assunto grãos a cozinha do mediterrâneo vem em primeiro lugar, afinal por ser um local onde possui verões quentes e secos e invernos úmidos e frio é ideal para a produção do mesmo, devido a isso considera-se uma população que possui melhor índice de vida.

Como principais possuímos:

Grão de bico

Grão de Bico

 

 Cicer arietinum. Planta provavelmente originaria do Cáucaso. Seu fruto e uma vagem que contem sementes usadas na alimentação.

Cultivado pelos antigos gregos e romanos , introduzido na Espanha pelos árabes, tornou-se la um prato nacional, de consumo diário. No norte da Itália prepara-se um espécie de pizza (farinata) com farinha de grão de bico. No Líbano muito utilizado para a típica produção conhecida como homus. 

Produções

  • Salada de grão de bico
  • Homus
  • Estrogonofe de grão de bico
  • Grão de bico com calabresa

 

Fava

Fava Verde

Vicia faba. Planta ortense, anual, com fruto de vagem e semente comestível. É dotada de propriedades antinefrítica e diurética. Originaria no norte da África e cultivada no inverno.

Hoje em dia e cultivada nas regiões serranas de São Paulo e Rio de Janeiro e, na primavera, no Sul do Brasil.

E no  mediterrâneo encontrada mais em abundancia nas regiões de clima mais seco como no Líbano e Grécia. 

Produções

  • Fava com paio
  • Fava com carne seca
  • Salada de fava com limão siciliano
  • Sopa cremosa de fava

Feijão Branco

Feijão Branco

 

Crotylia floribunda. Arbusto sarmentoso cujas folhas servem de alimento para o gado na estação de seca.

Muito utilizado principalmente na cozinha do Líbano e Grécia pelo seu alto valor nutricional e consumido principalmente no inverno, porem não deixado de ser consumido no verão em forma de pratos frio.

Produções

  • Salada de feijão branco com bacon
  • Sopa de feijão branco com calabresa
  • Creme de feijão branco
  • Refogado de feijão branco, lingüiça e presunto

Lentilha

Lentilha

 

Lens esculenta. Planta anual, trepadeira, de folhas penadas e flores brancas, muito cultivada pelo grão alimentício, que tem a forma de um pequeno disco de coloração amarronzada. Originaria na Ásia e cultivada desde os tempos pré-históricos.

A lentilha foi introduzida no Mediterraneo pelos europeus e adaptaram-se perfeitamente nos solos do sul do país. Suas sementes são fáceis de cozinhar, possuem alto valor nutritivo e assemelham em paladar ao do feijão.

Entre as lentilhas possuímos as: lentilha do campo e lentilha d’água.

    Produções

  • Arroz com lentilha
  • Sopa de lentilha
  • Salada de lentilha
  • Lentilha com calabresa e bacon

Cozinha Mediterrânea – Proteínas Animais

por Isabela Schmidt

 

É grande o uso da carne de cordeiro e porco, o primeiro cozido e o segundo embutido, como salame ou presunto cozido ou cru. A carne de animais novos é pouco habitual, assim como carnes de caça maior, no entanto é alto o uso de carne de caça menor como coelhos, lebres e perdizes. Quanto às aves, costuma-se comer aquelas domesticadas.

 

As proteínas são parte importante na alimentação de qualquer população e isso não é diferente na gastronomia mediterrânea. As carnes mais consumidas pelos países banhados pelo mar mediterrâneo são a de cordeiro e a de porco, sendo que a segunda é consumida na forma de seus embutidos como o salame e o presunto, são consumidas também carnes de caça de pequeno porte como o coelho e aves como o frango, o pato e o ganso.

 

Carne de cordeiro: carne bem aceita em todo o mundo, macia, de cor vermelho-rosado, sabor adocicado e aroma marcante, rica em proteínas, vitamina do complexo B, ferro, cálcio e potássio e não tem gordura saturada.

 

Carne de porco: rica em proteínas, vitaminas do complexo B e tem baixo colesterol, ou seja, ao contrario do que todos pensam a carne de porco faz bem a saúde tanto quanto as outras carnes, mas se for consumida moderadamente.

 

Carne de coelho: uma das mais saudáveis, se não a mais saudável carne para se consumir, é rica em proteínas e tem uma baixa quantidade de gordura e principalmente de colesterol, essa carne é consumida principalmente na França e Espanha, seus principais produtores.

 

Carne de frango: uma das mais consumidas no mundo, rica em proteínas, contem todos os aminoácidos essenciais e é muito consumida principalmente por pessoas que estão buscando uma alimentação balanceada mas, não pode esquecer de tirar a pele se sua intenção é emagrecer.

Cozinha Mediterrânea – Peixes e Frutos do Mar

por Fernanda Freire


Os habitantes das terras banhadas pelo mar Mediterrâneo vivem muito bem – e grande parte do mérito se deve à sua dieta naturalmente saudável. Há milênios é utilizado preferencialmente o azeite – extraído das azeitonas que sempre foram fartas nas terras áridas da região – à manteiga, que nunca foi abundante por ali. Como não há pasto, não há fartura de carne ou leite. Mas sobram peixes e frutos do mar. E, em um clima quente e ensolarado como aquele, há uma profusão de frutas e vegetais, que são consumidos frescos ou secos. Assim, conduzidos pela escassez, os povos da região desenvolveram sem notar uma dieta saudável, com pouco colesterol, o que resulta em baixíssimos índices de doenças cardíacas, diabetes, hipertensão e obesidade.

As preparações são básicas, pois a matéria-prima é de ótima qualidade. São pratos simples, que exploram os sabores primários dos ingredientes, geralmente utilizando muito o azeite, peixes, verduras locais, ervas frescas e castanhas. É uma culinária que respeita o ciclo dos alimentos e valoriza os produtos sazonais.

Um dos principais alimentos desta gastronomia são os peixes e frutos do mar. O consumo de carne vermelha é bem inferior ao dos citados anteriormente.

 

Peixes são ricos em ácidos graxos ômega – 3, que atuam contra o aparecimento de diversas doenças como: hipertensão, doenças do coração, aterosclerose e câncer; além de serem fonte de óleos essenciais. São um alimento altamente nutritivo, rico em vitaminas, minerais, proteína de elevada qualidade e fracos em gorduras saturadas. Peixes usados na cozinha mediterrânea são tamboril e salmonete, além de merluzas e lulas.

Os frutos do mar são boa fonte de proteína de alta qualidade, com baixo teor de gordura. São ricos em minerais, como cálcio, fluoreto, iodo, ferro, zinco e algumas vitaminas do complexo B. Alguns estudos demonstram que é a gordura saturada responsável pelo aumento do colesterol. Os frutos do mar possuem pouca gordura saturada, apesar de serem considerados vilões pelo alto teor de colesterol que apresentam. O problema está na cocção desses ingredientes, que costumam ser preparados com excesso de gordura. O ideal é cozinhá-los e servi-los com limão e outros temperos naturais.

Algumas produções clássicas com estes ingredientes são Jibias em su Tinta, Paella de pescado, Chorba de Essauira, Barboúnia me Ambelófila, Quibe Samak, entre outros.

Os habitantes das terras banhadas pelo mar Mediterrâneo vivem muito bem – e grande parte do mérito se deve à sua dieta naturalmente saudável. Há milênios é utilizado preferencialmente o azeite – extraído das azeitonas que sempre foram fartas nas terras áridas da região – à manteiga, que nunca foi abundante por ali. Como não há pasto, não há fartura de carne ou leite. Mas sobram peixes e frutos do mar. E, em um clima quente e ensolarado como aquele, há uma profusão de frutas e vegetais, que são consumidos frescos ou secos. Assim, conduzidos pela escassez, os povos da região desenvolveram sem notar uma dieta saudável, com pouco colesterol, o que resulta em baixíssimos índices de doenças cardíacas, diabetes, hipertensão e obesidade.

As preparações são básicas, pois a matéria-prima é de ótima qualidade. São pratos simples, que exploram os sabores primários dos ingredientes, geralmente utilizando muito o azeite, peixes, verduras locais, ervas frescas e castanhas. É uma culinária que respeita o ciclo dos alimentos e valoriza os produtos sazonais.

Um dos principais alimentos desta gastronomia são os peixes e frutos do mar. O consumo de carne vermelha é bem inferior ao dos citados anteriormente.

 

Peixes são ricos em ácidos graxos ômega – 3, que atuam contra o aparecimento de diversas doenças como: hipertensão, doenças do coração, aterosclerose e câncer; além de serem fonte de óleos essenciais. São um alimento altamente nutritivo, rico em vitaminas, minerais, proteína de elevada qualidade e fracos em gorduras saturadas. Peixes usados na cozinha mediterrânea são tamboril e salmonete, além de merluzas e lulas.

Os frutos do mar são boa fonte de proteína de alta qualidade, com baixo teor de gordura. São ricos em minerais, como cálcio, fluoreto, iodo, ferro, zinco e algumas vitaminas do complexo B. Alguns estudos demonstram que é a gordura saturada responsável pelo aumento do colesterol. Os frutos do mar possuem pouca gordura saturada, apesar de serem considerados vilões pelo alto teor de colesterol que apresentam. O problema está na cocção desses ingredientes, que costumam ser preparados com excesso de gordura. O ideal é cozinhá-los e servi-los com limão e outros temperos naturais.

Algumas produções clássicas com estes ingredientes são Jibias em su Tinta, Paella de pescado, Chorba de Essauira, Barboúnia me Ambelófila, Quibe Samak, entre outros.

Cozinha Mediterrânea – Legumes, verduras e frutas

por Izadora Guindani

 

Mediterrâneo, um lugar privilegiado, de verão quente e seco e vegetação riquíssima. É rota de milhares de turistas, devido às suas belezas naturais e gastronomia saudável e saborosa.

 

E em uma boa dieta não faltam frutas, legumes e verduras. Estudos publicados na British Medical Journal indicam que as pessoas residentes nesta região consomem cerca de 450 gramas de vegetais diariamente. Os verdes são particularmente ricos em antioxidantes e de baixas calorias. Encontrados em abundância temos: berinjelas, abobrinhas, pepinos, tomates, pimentões, limões, dentre muitos outros.

 

Nota-se grande consumo de frutas secas, como damascos, tâmaras e pêras, ricos em fibras e vitaminas.

 

Não vamos nos esquecer da variedade e do frescor das ervas aromáticas e temperos naturais que encontramos no Mediterrâneo, como: alecrim, manjericão, alho, cebola, sálvia, tomilho, orégano, louro e manjerona.

 

Quem segue esta dieta possui maior longevidade e qualidade de vida. Seja você um deles. Bom apetite.

Cozinha Mediterrânea – Condimentos, Especiarias e Aromatizantes

por Gabriel Dias

É essencial quando se fala das Cozinhas do Mediterrâneo ao menos citar todas e discorrer sobre algumas das especiarias. É uma cozinha muito condimentada e variada nos sabores. Aqui estão os principais sabores distintos dessas Cozinhas.

Açafrão – pistilo de uma flor muito comum no Mediterrâneo, a Crocus sativus. É de coloração laranja à vermelha. É comercializado o pistilo seco inteiro ou em pó. Para se produzir 1 kg, necessita-se de aproximadamente 150 mil flores. Muito utilizados em pratos à base de peixe, crustáceos, frango, além de pães, biscoitos e arroz; como exemplos de preparações se podem citar o italiano risotto milanese, a francesa bouillabaise e a espanhola paella.

Açafrão

 

Águas de Rosa e de Flor de Laranjeira – Água com essência das flores. Muito usada no Marrocos e nos países árabes em doces.

Azeite de Oliva – óleo comum ao Mediterrâneo, sendo os maiores produtores mundiais a Espanha, seguido por Itália e Grécia. Extraído do fruto da oliveira, passou a ser mundialmente consumido depois da comprovação de seus benefícios à saúde. São mais de 40 espécies de oliveiras encontradas no Mediterrâneo, cada oliveira rende em média 2 litros por ano. Cada azeite leva características da espécie de árvore e do país de origem, sendo muito diferente o paladar, aroma e coloração de um país para o outro. É um dos símbolos da “Dieta do Mediterrâneo”, juntamente com os grãos e peixes. A maioria das preparações leva azeite, seja na preparação, seja na finalização.

Oliveira

 

Canela – casca de uma árvore asiática e é encontrada geralmente em rama ou em pó. O formato enrolado que é conhecido é obtido naturalmente quando a casca está secando. Foi um dos principais responsáveis pela era nas navegações. É principalmente utilizado em produções doces do Mediterrâneo.

Cardamomo – fruto seco que em seu interior encontram-se sementes escuras, muito aromáticas. Pode ser encontrado o fruto seco, as sementes, em pó ou em óleo. Junto com o açafrão, são os condimentos mais caros. Um uso muito característico do Líbano é usá-lo na preparação do café, mas é muito utilizado em doces e salgados.

Cardamomo

 

Cominho – pequeno grão de gosto forte e amargo, muito aromático; usualmente encontrado em grãos ou em pó. Muito utilizado na Grécia na harissa, espécie de tempero muito apimentado.

Dill – tanto fresco como suas sementes lembram muito a erva-doce, em sabor e aparência, porém tem um sabor mais forte, como se fosse uma mistura de erva-doce e anis. É normalmente utilizado em saladas, legumes e frango, seja fresco ou em sementes.

Erva doce – leguminosa de talo, de sabor e aroma doce que lembra o anis, em preparações é normalmente utilizado o talo. No Mediterrâneo é muito utilizada em saladas, ou como na iguaria grega hiriró me aníthos juntamente com carne suína.

Gengibre – rizoma amarelo-pálido de uma planta tropical. Encontrado fresco ou seco, normalmente em pó, calda, picles ou cristalizada. De aroma adocicado e sabor forte, levemente picante.

Hortelã – folhas de aroma fresco e gosto adocicado que são consumidas frescas, secas ou em pó. Muito consumida no Mediterrâneo em marinadas, na coalhada seca ou como infusão (chá).

Lavanda – planta de origem mediterrânea que flores secas ou frescas são utilizadas como especiaria. Muito comum no sul da França, onde os campos de lavanda em conjunto com o céu muito azul formam uma bela paisagem. As flores variam a cor entre creme bem claro até roxo. É normalmente usado em biscoitos, bolos, pães, cremes e geleias, inclusive o mel feito a partir do pólen de lavanda é considerado de altíssima qualidade.

Campo de Lavanda

 

Louro – folhas normalmente encontradas secas ou em pó, mais raramente frescas. É um dos condimentos mais usados em todo o mundo, conhecida há tempos. Símbolo de prosperidade, reis eram coroados na Grécia com coroas de louro. Muito usado em marinadas e sopas.

Manjericão – Erva muito aromática, que possui cerca 15 espécies. É utilizada tanto fresca como seca. A coloração varia de verde-claro a roxo. Um dos condimentos mais difundidos da Cozinha Italiana, seja no molho vermelho, seja no pesto genovese. É também utilizada em marinadas, saladas e peixes e frutos do mar, além de muitos outros molhos.

Noz-Moscada / Macis – macis é a membrana que envolve a noz-moscada, ambas possuem sabor semelhante – quente e doce – porém no macis o sabor é mais suave e o aroma mais acentuado. A noz é encontrada inteira ou em pó, já o macis é encontrado seco. Ambos são utilizados em doces e salgados, principalmente quando o ingrediente principal for queijo, ovos ou leite.

Noz-Moscada e Macis

 

Óleo de Argan – óleo extraído a partir do fruto e amêndoas da Argania, considerado o Ouro do Marrocos por só se encontrar neste país e por seus benefícios e qualidades.

Argania e cestos de Argan

 

Orégano – folículas verdes muito parecidas com as de tomilho, porém mais claras. Normalmente encontrada fresca, seca ou em pó. Fundamental na Cozinha Italiana e Grega. Normalmente utilizada com tomates ou preparações à base de peixe e frango.

Páprica doce – pó obtido a partir da secagem de uma variedade de pimentão. Originalmente húngaro, que quando absorvido pelos espanhóis, estes acrescentaram outros pimentões e deu origem ao picante pimentón. De coloração vermelho-brilhante a vermelho-tijolo, o sabor vai de suave (páprica doce) ao picante (páprica picante), este último não é muito utilizado no Mediterrâneo. É comumente utilizado pratos à base de carne suína, aves e queijo.

Pimenta do reino – nome dado à pimenta comercializada pelo Reino de Portugal. É difundida no mundo todo, sendo a mais consumida de todas as pimentas. Pode ser verde (em conserva), preta ou branca (em pó ou grãos).

Pimenta Síria – mistura de pimenta da Jamaica, pimenta do reino, noz-moscada, cravo da Índia e canela em pó.

Pimentas – de diversos tipos, e são de extrema importância para as Cozinhas da África do Norte.

Sálvia – folhas verde-prateadas, aveludadas e levemente acinzentadas. De aroma forte e penetrante, deve ser usada com moderação. Muito usada na Cozinha Italiana, como exemplos o saltimbocca alla romana e gnocchi com manteiga e sálvia, neste último, dá um sabor incrível.

Semac – pó obtido a partir das bagas secas e carolas das flores do Sumagre. De sabor levemente ácido, é muito utilizado na Cozinha Árabe.

Snoubar / Pignoli – fruto do pinheiro do Mediterrâneo, muito utilizado nas culinárias mediterrâneas. O pignoli (para os italianos) ou snoubar (para os árabes) é uma semente pequena, oval, de coloração creme. É utilizado na preparação do pesto genovese (molho italiano) e do dolmas (charutinho de folha de uva – iguaria árabe-libanesa)

Pignoli ou Snoubar

 

Tomilho – folículas verde-escuras de aroma penetrante. Um dos aromáticos básicos da Cozinha Francesa. Harmoniza-se muito bem com a maioria dos ingredientes de pratos salgados, principalmente carnes de caça e aves.

Zathar – condimento em pó da cozinha árabe, turca e do norte da África, obtido da mistura de sementes de gergelim, tomilho e semac.

Prece ao cotidiano.

Senhor, nos bendiga.
Somos o que queremos ser,
por isso somos o que quer.
Sua vontade está em nós
e assim seguimos a caminhada
que nos leva a Você.
E quando, um dia, juntar-nos,
saberei que está feliz
pois tudo o que podíamos, fizemos.
.
Senhor, bendiga o hedonismo.
É nele em que nos recostamos
para fazer nossas, Suas palavras.
.
Senhor, bendiga o cinismo.
Pois é ele que usamos de álibi
para dizer que o que fazemos
É a Sua vontade. Pobre de nós
que precisamos sentir que Você
quer que ajamos assim.
.
Senhor, então bendiga o furto.
Pois o usamos todos os dias
para ter o que Você quer que tenhamos.
Assim temos amor. Roubando
de outros o que lhe pertence.
.
E então, Senhor, porque não bendizer a caridade?
Damos aos outros o direito de roubar.
E quantas vezes não damos o que é nosso
na inocência de dar o que achamos
que o outro precisa?
.
Senhor, bendiga a tolice.
Pois dela precisamos para não enlouquecer.
E se enlouquecermos
Senhor, bendiga a loucura.
.
Assim seja.

Poema às benquistas flores

Quando você chegou, iluminou-se meu dia.
A clareza do querer sempre foi meu forte.
Fiz loucuras à luz do dia e rolei na noite escura.
Embriagados, éramos mais que um.
Então você se foi por, sei lá, querer.
E, ironicamente, pra mim tudo se floriu.
De tanto querer, quis o céu e o mar.
E porque não o sol e a lua!?
Agora você vem, colorindo as flores.
Bendizendo seu querer. E eu relutando.
Não sei porquê, mas não sei dizer não.
Que novos ventos e cores venham.
E que a chuva caia sobre nós.

Tempo: amanhã-ontem

Talvez tenha sido tarde para conhecer

Uma frase muito significativa de José Saramago.

“Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo”.

Talvez vivesse isso, mas quanto ao tempo, perdi-me no tempo.

Achei que tivéssemos todo o tempo do mundo.

Grande tolo.

.

O tempo passou e eu sempre esperando pelo amanhã

Pela hora certa, pelo momento mais apropriado.

Como diz uma música de Los Hermanos

“E agora, o amanhã cadê?”

Esse amanhã já é passado.

Ou talvez um futuro a milhares de anos luz.

.

Satisfaço-me em ter-te como amigo.

Porque na verdade é isso que fomos.

Amigos.

Amor a nós.

Hoje estou livre. Provei de novos sabores.

Senti o delicioso sabor da liberdade.

Não que eu não seja livre. Sempre fui.

Mas não como agora. Me livrei de uma carcaça.

A carcaça de mim mesmo

Assim como deve ser a morte.

Estou na morte transfigurada.

E só posso ficar feliz. Ainda vivo.

Pelo menos vivo.

Deverá ser muito angustiante passar o que eu estou passando

Sem poder fazer nada para consertar seus erros.

Desato os nós que fiz.

Talver por medo de no fim morrer enforcado neles.

Mas me livrei de, talvez, o maior peso.

ORGULHO.

Sem ele, me vieram coisas boas.

Talvez amor pelo outro. Talvez amor próprio.

Não desconfigurado.  Pleno.

E para amar os outros, tenho que me amar.

Assim que aprendi. Assim pratico.

Prático.